domingo, 17 de janeiro de 2010

Dominação Gloobal

Não é de hoje que ouvimos frases do tipo: “O Google vai dominar o mundo”. Os adeptos de teorias da conspiração são os que mais produzem lendas sobre os perigos do poder desse fenômeno da internet. Steve Ballmer, presidente executivo da Microsoft, já brincou em várias apresentações públicas dizendo: “O Google lê os seus emails!”.

Mas até que ponto todo esse poder, refletido em dezenas de serviços que o Google oferece, representa uma ameaça? Para entrarmos nessa discussão, devemos antes esclarecer os indicadores que caracterizam um monopólio. Primeiro vamos a etimologia: monopólio do grego monos = um, e polein = vender. Conceitualmente, significa uma situação de concorrência imperfeita em que uma empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço impondo preços aos que comercializam. Geralmente, monopólios infringem leis em benefício próprio. Como o Google não se enquadra em nenhuma das duas situações, o mínimo que podemos dizer é que se trata de uma empresa muito grande que desempenha enorme influência nas têndencias do mundo digital e dispõe de uma imensa base histórica de nossos costumes, desejos, segredos e etc.

Ano passado, uma britânica pediu divórcio após ‘flagrar’ o carro do marido em frente a casa de uma suposta amante pelo Google Street View. Esse é o ponto! Por vezes, a informação por si só já é destruidora, imagine quando na “mão” de alguém/empresa mal intencionada.

Discussões sobre a índole do Google à parte, o que mais me impressiona são as correlações entre os serviços disponibilizados por ele. Muitas vezes, quando é lançado um novo serviço, a impressão que temos é do tipo: “Onde esse cara quer chegar?”. É impressionante como o Google aproveita um recurso já desenvolvido e o encaixa em um contexto ou aplicação muito mais rica. Veja um “rascunho mental” sobre as correlações entre alguns serviços oferecidos pelo Gigante, modelado por Leonardo Piedade:

Um serviço que me chamou atenção essa semana foi o Google Voice. Com ele, você pode ter um número de telefone pessoal universal. Universal, por que é um único número para os mais diversos dispositivos. Estranho? Vamos ao exemplo: imagine que você possui um Google Number (como se fosse um número de telefone qualquer). Ele não é vinculado ao seu celular, telefone fixo ou computador. Ele é vinculado à você! Nele é possível incluir todos os números de telefone que possui. Quando perguntarem qual seu telefone, bastará que você diga o seu Google Number, e essa pessoa possuirá ao mesmo tempo seu celular, telefone fixo, ramal do trabalho e etc. Via web, é possível programar para que quando seus amigos liguem para o seu Google Number, ele os redirecione automaticamente para a sua casa e seu celular ao mesmo tempo. Quando sua família ligar, você pode redirecioná-la para sua casa, emprego e celular. Quando seu chefe ligar, redirecione-o direto para o correio de voz. :)

Por falar em correio de voz, através do Google Voice, é possível transformar suas mensagens de voz recebidas em mensagens de texto de forma automática.

Realmente, diante disto, o que nos resta é perguntar: “Onde esse cara quer chegar?”

Veja a história do Google contada em dois minutos aqui.

Assista um vídeo explicativo do Google Voice aqui.

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