sábado, 30 de outubro de 2010

A revolução dos bichos


Quando eu vi esse título “A revolução dos Bichos”, de George Orwell, logo imaginei que era um livro para crianças (confesso que fiz cara feia!), quando comecei a ler percebi que era uma fábula e que realmente poderia ser lido por crianças, mas aos poucos percebi que haviam mensagens escondidas para os adultos, reflexões sobre a vida em sociedade.

Em um breve resumo, com uma pitada de opinião, a história se passa em um sítio (país), que é dominado por um homem muito rígido (autoritário). Um certo dia um porco (revolucionário) mostra como será o mundo depois que o homem desaparecer (depois que o atual regime cair), porém dias depois o idealista morre, mas seus sete mandamentos para o novo mundo (novo regime) permanecem escritos na parede como sonhos distantes.

Todos os animais na história representam “tipos” de posturas sociais, como: manipulação, alienação, ignorância, teimosia, passividade... Tipos que você já conhece!

De alguma forma a expulsão do dono (a revolução) ocorre. E então os animais se reorganizam para criar aquele novo mundo apresentado pelo idealista falecido, seguindo fielmente os mandamentos. Porém surgem as primeiras divergências entre os comandantes do novo regime e então as primeiras deturpações das idéias começam a ocorrer, logo os mandamentos um a um foram removidos ou alterados de acordo com as pretensões do novo ditador, até que no fim é impossível distinguir as diferenças entre o homem (antigo ditador) e o porco (novo ditador).

É engraçado como essa sátira da revolução russa, possui tantos pontos em comum com outras revoluções (a Cubana por exemplo), mostra claramente o caminho percorrido quando os mais fracos tomam o poder e são, por ele corrompidos. Se pensarmos um pouco, é curioso como reconhecemos esses “tipos” em nossas equipes, realizando as mesmas ações (de liderança ideológica ou autoritária) em diferentes níveis. Para quem conhece a história, você age como qual dos “animais” do sitio?

Um comentário:

  1. Excelente post! Apesar de não acreditar que isso seja uma regra no que diz respeito ao pós revolução, devo confessar que a sátira representa fielmente os exemplos que presenciamos até o momento.

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